No dia 18 de fevereiro de 2024, realizou-se nos claustros da Igreja da Alcáçova, em Santarém, a atividade “Janela para o Mundo”. Esta atividade, teve como principal objetivo dar a conhecer a vertente internacional do escutismo. Cerca de 40 participantes juntaram-se para espreitar por esta janela que se abriu para lhes mostrar o mundo. De manhã, após a abertura por parte do Secretário Regional do Método Escutista, João Rafael, os participantes assistiram a uma breve explicação do que é uma atividade escutista internacional, com o dirigente David Francisco. Seguiram então para o “mercado internacional”, em que escolheram entre as várias “bancas” disponíveis, as que tinham o produto que mais lhes interessava ou despertava curiosidade. O Centro Escutista Internacional de Kandersteg (Kandersteg International Scout Centre - KISC) que é um local que abraça a amizade internacional, sensibiliza para questões globais, incentiva a capacitação dos jovens e promove a mudanças, mantendo vivo o sonho de Baden-Powell de um Mini Jamboree Permanente, esteve presente com a Catarina Inverno, que partilhou com a sua experiência enquanto “Pinkie” (staff do KISC). O Roverway esteve representado pelo Miguel Ferrão, que deu a conhecer esta atividade para Rovers (caminheiros) europeus, cuja primeira edição foi em Portugal e este ano realizar-se-á na Noruega. Para dar a conhecer e promover a participação no World Scout Moot contou-se com a animação do Sandro Bernardo. O Moot é uma atividade mundial dirigida a caminheiros e jovens dirigentes até aos 30 anos, que realizar-se em Portugal, em agosto de 2025. Também o Jamboree Mundial esteve presente, na banca dinamizada pelo João Nunes, a Laura e o Duarte, todos eles participantes em Jamborees. O Jamboree foi uma ideia de Baden-Powell, que imaginou um encontro de amizade e prática escutista. O António Abreu e a Alice vieram “vender” a atividade Explorer Belt. Partilharam as suas vivências nesta atividade que é uma grande aventura e teste à resiliência, pois são 200km, a pé, com orçamento limitado, num país estrangeiro. A comunidade de Taizé, uma comunidade ecuménica situada em França, é uma comunidade única e uma oportunidade de oração e reflexão. O Vasco Montez esteve presente e deu a conhecer esta comunidade singular, partilhando as suas experiências. Pôde-se ainda visitar a “banca” da CICE - Conferência Internacional Católica do Escutismo, que conta com 60 países-membros e que pretende ser um espaço de encontro, reflexão, partilha e comunhão dos escuteiros católicos de todo o mundo. Aqui, o Rui Teixeira deu a conhecer a CICE, o seu propósito, mas também como é fazer parte do Comité da CICE e ser presidente do Comité CICE-Europa – Mediterrâneo. A Alona Popova esteve presente e mostrou como é o escutismo na Ucrânia, curiosidades e como se vive o ideal escutista nos Скаути України. Os Escoteiros do Brasil estiveram também presentes com o Lívia e o Filipe, que partilharam as suas vivências escutistas do outro lado do Atlântico, na Associação de Escoteiros do Brasil. Depois de almoço, onde os participantes puderam aproveitar as vistas magníficas das Portas do Sol, os participantes voltaram a reunir para jogar o “Quem quer ser milionário – internacional”, dinamizado pelo Sandro Bernardo, onde o Duarte Simões, de Almeirim, se sagrou o grande vencedor. Seguiu-se o painel final, moderada por Diana Cardoso, em que os participantes puderem ouvir o Pedro Ribeiro, presidente da Câmara de Almeirim, o Dirigente Sandro Bernardo, do CNE e a dirigente Alona Popova, dos Escuteiros da Ucrânia falar das suas experiências pessoais de viver e visitar países estrangeiros e de trabalhar com pessoas de outras nacionalidades. A Janela para o Mundo, quer na perspetiva dos participantes, quer na perspetiva da equipa organizadora correu bastante bem, tendo sido uma oportunidade de conhecer novas atividades, novas realidades e de partilhar perspetivas. Texto: Diana Cardoso, Chefe Regional
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Foi nos dias 15, 16 e 17 de dezembro de 2023 que decorreu, em Santarém, a primeira edição do ICTHUS, que contou com o apoio da Junta Regional de Santarém e da Equipa ADRO. Foram 60, entre caminheiros e dirigentes, aqueles que participaram nesta atividade, cujo objetivo primordial é a promoção da Vivência da Fé no Escutismo. O Projeto ICTHUS nasceu do Cenáculo da nossa região, onde os caminheiros exprimiram a necessidade de uma experiência de vivência religiosa dentro do Escutismo. Principalmente nestas idades de grandes mudanças e experiências, a Fé muitas vezes sujeita-se a questões intermináveis, a fraqueza e a pouca luminosidade. Mas quando os jovens se deparam com uma necessidade de mudança, dinâmica e evolução, não há nada que consiga derrubar uma crença inabalável. O ICTHUS foi prova disso, tendo sido uma atividade “desafiante”, “enriquecedora” e “extremamente incrível”, que nas palavras dos nossos entrevistados, foi também um poço de aprendizagem, partilha e encontro. Deu-se início à atividade no dia 15, à noite. Os participantes foram calorosamente recebidos numa sala iluminada por velas, ao som de melodias que os convidaram para uma experiência imersiva e única. Aí foi recordada a importância de acolher cada pessoa e, simbolicamente, realizou-se um Lava-Pés, um momento de integração, união e aceitação do outro tal como é, com as suas feridas, calos, dores, fadigas e marcas dos caminhos já percorridos. No sábado, o dia começou com diversas oficinas que forneciam orientações sobre como comunicar com Deus e ouvir aquilo que Ele nos tem para dizer, sobre saber cuidar da Criação, da Terra e sobre quais os desafios que enfrentamos na defesa de uma Casa Comum. Enfatizou-se que todo o Evangelho possui uma mensagem profundamente pessoal na vida de cada indivíduo, sendo essencial interpretá-la e valorizar os sacramentos. E rezar: algo tão simples quanto uma conversa direta com Jesus. À tarde, os participantes tiveram a oportunidade de escolher três oficinas artísticas: uma de música, outra de artes plásticas e a última de teatro, oficinas estas que partem da ideia principal de que “Querer fazer parte de uma Igreja jovem e dinâmica depende de nós. É mais fácil decorar a letra de uma canção que uma oração, uma encenação capta mais a atenção que uma leitura e todos gostam mais de algo que ajudaram a construir. Cabe a cada jovem desconstruir o normal e o aborrecido e cativar outros a juntarem-se nesta busca pela Terra Prometida”, escreveu a Equipa Organizadora do ICTHUS. Após os workshops, o Bispo de Santarém, D. José Traquina foi convidado para uma discussão aberta sobre o significado de Terra Prometida em diversas dimensões, e como os jovens podem acolher e fazer os outros se sentirem acolhidos na Igreja. De forma a promover a proximidade dos participantes à espiritualidade, como uma grande família ao redor da mesa, foi celebrada a Eucaristia, presidida pelo Assistente Regional, tendo sido este, nas palavras de alguns participantes, o momento mais impactante e alegre da atividade. À noite realizou-se uma oração de Taizé, onde a Luz da Paz de Belém foi distribuída, dando oportunidade a um momento de silêncio, reflexão e nostalgia. Por fim, não ficou de parte a tradicional Ceia Regional, onde além de boa comida, muitas histórias, canções e alegrias foram partilhadas. No domingo, foram formados três grupos, cada um com o mote de três perguntas: “O que realmente significa ser católico na sociedade?”, “Será que a Fé em Jesus Cristo influencia a vida académica?” e “O que significa ser escuteiro católico?”. Por fim, foi distribuída por cada participante uma carta com uma passagem bíblica diferente, lembrando a todos a sua autenticidade, que cada pessoa é motivada por diferentes chamamentos e, por vezes, acolher pode ser tão simples quanto adaptar algo ao gosto de outra pessoa. Alguns caminheiros partilharam connosco as questões que trouxeram para a atividade: “É este o caminho que quero seguir?”, “Como posso melhorar a vivência da Fé no Escutismo?”, “Como consigo estar mais perto de Deus?” e muitas mais! Mas todos saíram cheios e tocados por uma atividade tão única. O aspirante a caminheiro Guilherme Frazão do Agrupamento 1187 Alcobertas confessou querer “pôr-me a caminho da Fé, procurá-la e achá-la em mim”. Silvia Mendes, do Agrupamento 681 Sangalhos, da Região de Aveiro, chegou “à procura de uma mudança e de abrir uma porta”. Disse-nos que esta atividade permitiu mudar diversos pontos de vista e assumiu sentir-se leve e livre depois de tanta experiência única. Também Aníbal Fernandes, do Agrupamento 18 de Bragança encontrou “algumas luzes e respostas” e pretende implantar no Agrupamento algumas ideias que lhe foram partilhadas. Ainda nos disse: “Num ponto de vista pessoal, esta atividade foi, sem dúvida, impactante, pela forma como conhecemos as pessoas, partilhamos experiências e pela forma como nos sentimos e partilhamos a nossa relação com Deus e com a espiritualidade, e como angariamos novos mecanismos, formas de pensar e soluções concretas que partem da principal ideia de que a nossa Fé deve ser transversal a tudo o que se faz no Escutismo”. Assim acabou uma grande primeira edição do ICTHUS, com o desafio de todos os participantes levarem consigo o que aprenderam, ouviram e compartilharam para as suas localidades e de promoverem uma Igreja mais Jovem, Dinâmica e Acolhedora. Texto: Margarida Martins, Equipa Regional de Comunicação
Fotografias: Equipa Organizadora do Icthus “Um sinal de esperança na construção da paz” A Luz da Paz de Belém, um símbolo de paz e esperança, vindo da Gruta da Natividade, em Belém, na Terra Santa, é uma pequena chama partilhada pelo mundo, que antes de chegar a Portugal, percorre cerca de 6000 km. Na tarde de 10 dezembro, esta pequena e graciosa chama chegou a Portugal, a Viana do Castelo, onde foi recebida por centenas de escuteiros das várias regiões do país, que a acolheram com o intuito de continuar a partilhá-la e fazê-la chegar às suas comunidades. Este ano com o lema “Um sinal de esperança na construção da paz”, une-se o tópico da Paz à comemoração dos 75 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, um documento que vela pela proteção dos direitos humanos básicos, adotado pela Organização das Nações Unidas no dia 10 de dezembro de 1948. Como nos disse a Chefe Regional de Santarém, Diana Cardoso, “vivendo a época mais maravilhosa do ano, a Luz da Paz de Belém simboliza a partilha daquilo que é Jesus na nossa vida - uma luz que não se apaga, uma força constante.” Assim, a Luz chegou a Santarém, trazida pelos escuteiros da nossa Região, e foi partilhada no dia 16 de dezembro, na Igreja Paroquial de Alpiarça, numa cerimónia solene celebrada pelo bispo D. José Augusto Traquina. Sendo sempre uma cerimónia de grande impacto na vida de qualquer católico, ainda para mais pelo aproximar da época natalícia, a caminheira Alice Sousa, do Agrupamento 542 Entroncamento disse-nos “Esta cerimónia da Luz da Paz de Belém foi carregada de um espírito agradável e uma ótima oportunidade de nos unirmos, que para mim, é a maneira perfeita de recebermos a luz, para depois partilharmos com as nossas comunidades.”. “Agora, recebida por todos, a missão que nos chega é sermos nós os instrumentos da paz, é trazer desta partilha que o serviço não é feito por Deus, mas sim por nós.”, termina assim a Chefe Regional de Santarém. Texto: Margarida Martins, Equipa Regional de Comunicação
“Uma semana de vida em campo vale mais do que seis meses de ensino teórico numa sala” Baden-Powell O escutismo foi desenvolvido, tendo como ponto de partida a vida na natureza. Vivendo ao ar livre, o escuteiro é convidado a fundir-se com a natureza. Nela, deslumbra-se com cada paisagem, testa os seus limites, aproveita os recursos naturais, aprende a viver com o essencial, e assim vai crescendo. A vida na natureza, é desde sempre, uma das características mais definidoras do método escutista, sendo o espaço de eleição à realização de atividades escutistas. Decorreu no passado sábado, dia 18 de novembro, no Centro Nacional de Formação Ambiental de S. Jacinto, Aveiro, a Conferência Nacional de Diretores de Centros Escutistas (CNDCE), promovida pelo Departamento Nacional de Centros Escutistas (DNCE), da Secretaria Nacional para o Ambiente e Sustentabilidade (SNAS). Dos setenta espaços existentes em Portugal, fizeram-se representar 22 centros escutistas, estando representados por 33 responsáveis, dos quais três eram da região de Santarém, nomeadamente: - Paulo Gameiro (Agr. 44 - Tomar) em representação do Centro Escutista dos Gagos e do Campo Escutista dos Templários; - Abílio Dias (Agr. 65 - Torres Novas) em representação do Campo Escola Serra d'Aire; - Francisco Luz (Agr. 542 - Entroncamento) em representação do Parque Permanente do Bonito. Em clima de grande partilha e troca de experiências, foram abordadas na conferência as seguintes temáticas, de grande interesse para os Centros e Campos escutistas: Campo Seguro Escutismo Seguro; Promoção e Divulgação; Avaliação, Classificação e Recertificação; Team building; Boas práticas e ainda micro apresentações sobre “Quem somos e o que fazemos”. Segundo o Chefe Abílio Dias do Campo Escola Serra d’Aire (CESA), “o Campo Seguro e o Escutismo Seguro, foram temas bem abordados e com muita recetividade dos presentes, com especial realce para as Medidas de Autoproteção (MAP’S), tema muito pertinente nos dias de hoje, de forma a tornarmos não só os Centros e Campos escutistas com segurança, mas também todos os utentes dos mesmos.” A divulgação e promoção dos centros e campos escutistas foi um dos temas mais destacados, tendo sido explorada a importância de pensar numa eficaz estratégia de comunicação. Nesse sentido, foi apresentado o novo site do Departamento Nacional de Centros Escutistas, uma ferramenta virada para o futuro, com espaço para todos, que permitirá a promoção de todos os centros e campos. Além de todos os importantes temas abordados, foi também “um bom e útil momento de convívio” recordou o Chefe Abílio Dias. O encontro não terminou, sem que antes tenha sido oferecido a todos os participantes, uma lembrança personalizada, que em muito os surpreendeu e agradou: uma peça em madeira com inscrição em pirografia alusiva à CNDCE, contendo o nome de cada participante e o centro ou campo escutista que representa. Cada vez mais, os agrupamentos sentem a dificuldade de encontrar espaços autorizados e adequados à prática do escutismo e acima de tudo que proporcionem aos escuteiros um verdadeiro encontro com a natureza, nas suas mais diversas formas. Os Centros escutistas, nesse sentido, vêm dar uma resposta a esta grande necessidade. Na Região de Santarém existem atualmente 8 centros/campos escutistas. Já os conheces todos? Texto: Ricardo Dias, Equipa Regional de Comunicação
No fim de semana 3, 4 e 5 de novembro, em zona próxima ao Centro Escutista dos Gagos, decorreu o Raider 23, uma atividade formativa para dirigentes. Esta atividade, promovida pela Secretaria Regional para o Desenvolvimento Pessoal Escutista e organizada pela Equipa de Formação de Técnicas de Campo (ETC) da Região de Santarém, contava com um claro objetivo: “a perceção de práticas facilitadoras da aplicação da componente do método escutista, envolvendo a natureza como um ambiente privilegiado de educação”, disse-nos João Francisco, coordenador da ETC. Ao longo da atividade focou-se a abordagem prática do “aprender fazendo”, desafiando os participantes a aplicar técnicas fundamentais de sobrevivência ao ar livre, aliadas ao conceito de Baden-Powell de “aproveitar ao máximo aquilo que a natureza nos oferece”. Esta foi “a oportunidade perfeita de aperfeiçoar novas técnicas”, foi o que nos disse Pedro Pato Dias do agrupamento 1120 Cartaxo. Durante o fim de semana, os participantes tiveram a oportunidade de praticar técnicas de obtenção de fogo por fricção de madeiras e construir uma elaborada cadeira de campo, apenas ao recurso de materiais disponíveis na natureza. Partindo da premissa do coordenador da atividade que “não são precisos muitos utensílios para poder montar um acampamento”, os participantes dirigiram-se a um local remoto, apenas com o essencial, o que excluiu habituais recursos como tendas e fogareiros. Para pernoitar, cada participante teve oportunidade de montar o seu próprio abrigo com toldos e as refeições foram confecionadas na fogueira, com técnicas de cozinha selvagem. A ementa passou por coelhos e codornizes assados e, ao pequeno-almoço, foram degustados saborosos “bannocks”, recheados com chouriço. Por fim, restou a alegria e a partilha - “O convívio foi ótimo e aproveitamos a noite para debater alguns temas e vivências dos nossos agrupamentos, o que tornou a atividade muito mais enriquecedora!” acrescentou Pedro Pato. Viver de forma despojada e rudimentar representa, de facto, uma oportunidade educacional excecional! Texto: Margarida Martins, Equipa Regional de Comunicação
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