“Os navegadores à descoberta do escutismo”: foi o imaginário abraçado pelos novos Candidatos a Dirigente. O dia 29 de outubro foi marcado pelo Encontro Inicial (EI), que constitui um momento, de frequência obrigatória, prévio ao Percurso Inicial de Formação (PIF). Na prática é a primeira formação que é dada aos potenciais candidatos a dirigentes, onde são passados um conjunto de conhecimentos básicos relacionados com o escutismo e com o CNE, nomeadamente, a missão do Adulto no Escutismo. Este Encontro procura propiciar as condições para um discernimento pessoal mais consciente, por parte dos formandos, para continuação do percurso formativo para serem dirigentes do CNE. Neste “primeiro passo”, foi proposto aos novos candidatos a dirigente que “remassem” à descoberta do escutismo, nas suas diversas componentes: “Qual a missão e as finalidades educativas do escutismo?”, “Qual o papel dos adultos no escutismo?”, “Como é que o escutismo funciona enquanto movimento de Igreja?”, “Qual a sua missão apostólica?”e “Qual o papel do dirigente como educador católico” foram os primeiros “tesouros” procurados por estes navegadores. Falámos com o diretor de formação do Encontro Inicial, Carlos Solano, que caracterizou o grupo de 48 candidatos como “interessado, entusiasmado e heterogéneo”, qualidades que retifica serem importantes e que enlevam a formação. Referiu ainda que o número de candidatos a dirigente é bastante superior ao do ano passado, estando positivamente surpreendido pela quantidade de pessoas que se disponibilizaram a serem dirigentes. Salientou ainda que este é um aspeto fundamental que assegura a continuidade da associação na Região, sendo acima de tudo, um sinal do quão viva está a Região. Desde regressos ao escutismo, a novas etapas de vida, a continuidades desejadas e a inesperados desafios, os candidatos mostraram-se alegres e bastante satisfeitos com aquilo que a formação proporcionou. O Samuel do Agr 1123-Benfica do Ribatejo, no movimento desde os 6 anos, fez todo o percurso escutista, de lobito a caminheiro, sem interrupções e é agora noviço a dirigente. Para ele, esta, “é mais uma etapa a superar”, tendo oportunidade desta forma de “dar um bocadinho mais aos pequeninos” , assim como lhe deram e ensinaram tanto a ele. Já o Filipe, do Agr. 52-Santarém, foi escuteiro durante cerca de 14 anos, onde passou pelas 4 secções, tendo saído do movimento após ter realizado a Partida. Passados 3 anos regressa ao ativo, agora como aspirante a dirigente, acima de tudo porque acredita “poder ter um impacto positivo nos jovens da atual sociedade”, estando por isso “pronto a encarar este desafio!”. Já a Sara, do Agr. 65- Torres Novas, tem 24 anos e é aspirante a dirigente, não tendo qualquer percurso escutista ou proximidade prévia com o escutismo. Entrou no movimento este ano, influenciada por amigos, e refere que gostou muito do EI, onde adquiriu vários conhecimentos básicos, mas que desconhecia. Neste mesmo dia, realizou-se também o encontro de chefes de agrupamento e tutores locais, onde foi apresentado o sistema atual de formação, mais dirigido aos novos chefes de agrupamento ou aos que são tutores locais pela primeira vez. Foram ainda partilhadas as novidades relacionadas com a especificidade da gestão da formação através da plataforma Cordilheira. No final houve espaço para tirar dúvidas e partilhar experiências. Este momento foi por isso de especial importância para que haja um bom acompanhamento dos formandos durante o seu percurso inicial de formação. Este foi, então, um dia de formação repleto de novas aprendizagens e partilhas, que constituiu o primeiro passo daqueles que iniciam o seu percurso de formação rumo a uma promessa enquanto dirigentes do CNE. Texto: Margarida Martins, Equipa Regional de Comunicação
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