“Um sinal de esperança na construção da paz” A Luz da Paz de Belém, um símbolo de paz e esperança, vindo da Gruta da Natividade, em Belém, na Terra Santa, é uma pequena chama partilhada pelo mundo, que antes de chegar a Portugal, percorre cerca de 6000 km. Na tarde de 10 dezembro, esta pequena e graciosa chama chegou a Portugal, a Viana do Castelo, onde foi recebida por centenas de escuteiros das várias regiões do país, que a acolheram com o intuito de continuar a partilhá-la e fazê-la chegar às suas comunidades. Este ano com o lema “Um sinal de esperança na construção da paz”, une-se o tópico da Paz à comemoração dos 75 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, um documento que vela pela proteção dos direitos humanos básicos, adotado pela Organização das Nações Unidas no dia 10 de dezembro de 1948. Como nos disse a Chefe Regional de Santarém, Diana Cardoso, “vivendo a época mais maravilhosa do ano, a Luz da Paz de Belém simboliza a partilha daquilo que é Jesus na nossa vida - uma luz que não se apaga, uma força constante.” Assim, a Luz chegou a Santarém, trazida pelos escuteiros da nossa Região, e foi partilhada no dia 16 de dezembro, na Igreja Paroquial de Alpiarça, numa cerimónia solene celebrada pelo bispo D. José Augusto Traquina. Sendo sempre uma cerimónia de grande impacto na vida de qualquer católico, ainda para mais pelo aproximar da época natalícia, a caminheira Alice Sousa, do Agrupamento 542 Entroncamento disse-nos “Esta cerimónia da Luz da Paz de Belém foi carregada de um espírito agradável e uma ótima oportunidade de nos unirmos, que para mim, é a maneira perfeita de recebermos a luz, para depois partilharmos com as nossas comunidades.”. “Agora, recebida por todos, a missão que nos chega é sermos nós os instrumentos da paz, é trazer desta partilha que o serviço não é feito por Deus, mas sim por nós.”, termina assim a Chefe Regional de Santarém. Texto: Margarida Martins, Equipa Regional de Comunicação
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“Uma semana de vida em campo vale mais do que seis meses de ensino teórico numa sala” Baden-Powell O escutismo foi desenvolvido, tendo como ponto de partida a vida na natureza. Vivendo ao ar livre, o escuteiro é convidado a fundir-se com a natureza. Nela, deslumbra-se com cada paisagem, testa os seus limites, aproveita os recursos naturais, aprende a viver com o essencial, e assim vai crescendo. A vida na natureza, é desde sempre, uma das características mais definidoras do método escutista, sendo o espaço de eleição à realização de atividades escutistas. Decorreu no passado sábado, dia 18 de novembro, no Centro Nacional de Formação Ambiental de S. Jacinto, Aveiro, a Conferência Nacional de Diretores de Centros Escutistas (CNDCE), promovida pelo Departamento Nacional de Centros Escutistas (DNCE), da Secretaria Nacional para o Ambiente e Sustentabilidade (SNAS). Dos setenta espaços existentes em Portugal, fizeram-se representar 22 centros escutistas, estando representados por 33 responsáveis, dos quais três eram da região de Santarém, nomeadamente: - Paulo Gameiro (Agr. 44 - Tomar) em representação do Centro Escutista dos Gagos e do Campo Escutista dos Templários; - Abílio Dias (Agr. 65 - Torres Novas) em representação do Campo Escola Serra d'Aire; - Francisco Luz (Agr. 542 - Entroncamento) em representação do Parque Permanente do Bonito. Em clima de grande partilha e troca de experiências, foram abordadas na conferência as seguintes temáticas, de grande interesse para os Centros e Campos escutistas: Campo Seguro Escutismo Seguro; Promoção e Divulgação; Avaliação, Classificação e Recertificação; Team building; Boas práticas e ainda micro apresentações sobre “Quem somos e o que fazemos”. Segundo o Chefe Abílio Dias do Campo Escola Serra d’Aire (CESA), “o Campo Seguro e o Escutismo Seguro, foram temas bem abordados e com muita recetividade dos presentes, com especial realce para as Medidas de Autoproteção (MAP’S), tema muito pertinente nos dias de hoje, de forma a tornarmos não só os Centros e Campos escutistas com segurança, mas também todos os utentes dos mesmos.” A divulgação e promoção dos centros e campos escutistas foi um dos temas mais destacados, tendo sido explorada a importância de pensar numa eficaz estratégia de comunicação. Nesse sentido, foi apresentado o novo site do Departamento Nacional de Centros Escutistas, uma ferramenta virada para o futuro, com espaço para todos, que permitirá a promoção de todos os centros e campos. Além de todos os importantes temas abordados, foi também “um bom e útil momento de convívio” recordou o Chefe Abílio Dias. O encontro não terminou, sem que antes tenha sido oferecido a todos os participantes, uma lembrança personalizada, que em muito os surpreendeu e agradou: uma peça em madeira com inscrição em pirografia alusiva à CNDCE, contendo o nome de cada participante e o centro ou campo escutista que representa. Cada vez mais, os agrupamentos sentem a dificuldade de encontrar espaços autorizados e adequados à prática do escutismo e acima de tudo que proporcionem aos escuteiros um verdadeiro encontro com a natureza, nas suas mais diversas formas. Os Centros escutistas, nesse sentido, vêm dar uma resposta a esta grande necessidade. Na Região de Santarém existem atualmente 8 centros/campos escutistas. Já os conheces todos? Texto: Ricardo Dias, Equipa Regional de Comunicação
No fim de semana 3, 4 e 5 de novembro, em zona próxima ao Centro Escutista dos Gagos, decorreu o Raider 23, uma atividade formativa para dirigentes. Esta atividade, promovida pela Secretaria Regional para o Desenvolvimento Pessoal Escutista e organizada pela Equipa de Formação de Técnicas de Campo (ETC) da Região de Santarém, contava com um claro objetivo: “a perceção de práticas facilitadoras da aplicação da componente do método escutista, envolvendo a natureza como um ambiente privilegiado de educação”, disse-nos João Francisco, coordenador da ETC. Ao longo da atividade focou-se a abordagem prática do “aprender fazendo”, desafiando os participantes a aplicar técnicas fundamentais de sobrevivência ao ar livre, aliadas ao conceito de Baden-Powell de “aproveitar ao máximo aquilo que a natureza nos oferece”. Esta foi “a oportunidade perfeita de aperfeiçoar novas técnicas”, foi o que nos disse Pedro Pato Dias do agrupamento 1120 Cartaxo. Durante o fim de semana, os participantes tiveram a oportunidade de praticar técnicas de obtenção de fogo por fricção de madeiras e construir uma elaborada cadeira de campo, apenas ao recurso de materiais disponíveis na natureza. Partindo da premissa do coordenador da atividade que “não são precisos muitos utensílios para poder montar um acampamento”, os participantes dirigiram-se a um local remoto, apenas com o essencial, o que excluiu habituais recursos como tendas e fogareiros. Para pernoitar, cada participante teve oportunidade de montar o seu próprio abrigo com toldos e as refeições foram confecionadas na fogueira, com técnicas de cozinha selvagem. A ementa passou por coelhos e codornizes assados e, ao pequeno-almoço, foram degustados saborosos “bannocks”, recheados com chouriço. Por fim, restou a alegria e a partilha - “O convívio foi ótimo e aproveitamos a noite para debater alguns temas e vivências dos nossos agrupamentos, o que tornou a atividade muito mais enriquecedora!” acrescentou Pedro Pato. Viver de forma despojada e rudimentar representa, de facto, uma oportunidade educacional excecional! Texto: Margarida Martins, Equipa Regional de Comunicação
“Os navegadores à descoberta do escutismo”: foi o imaginário abraçado pelos novos Candidatos a Dirigente. O dia 29 de outubro foi marcado pelo Encontro Inicial (EI), que constitui um momento, de frequência obrigatória, prévio ao Percurso Inicial de Formação (PIF). Na prática é a primeira formação que é dada aos potenciais candidatos a dirigentes, onde são passados um conjunto de conhecimentos básicos relacionados com o escutismo e com o CNE, nomeadamente, a missão do Adulto no Escutismo. Este Encontro procura propiciar as condições para um discernimento pessoal mais consciente, por parte dos formandos, para continuação do percurso formativo para serem dirigentes do CNE. Neste “primeiro passo”, foi proposto aos novos candidatos a dirigente que “remassem” à descoberta do escutismo, nas suas diversas componentes: “Qual a missão e as finalidades educativas do escutismo?”, “Qual o papel dos adultos no escutismo?”, “Como é que o escutismo funciona enquanto movimento de Igreja?”, “Qual a sua missão apostólica?”e “Qual o papel do dirigente como educador católico” foram os primeiros “tesouros” procurados por estes navegadores. Falámos com o diretor de formação do Encontro Inicial, Carlos Solano, que caracterizou o grupo de 48 candidatos como “interessado, entusiasmado e heterogéneo”, qualidades que retifica serem importantes e que enlevam a formação. Referiu ainda que o número de candidatos a dirigente é bastante superior ao do ano passado, estando positivamente surpreendido pela quantidade de pessoas que se disponibilizaram a serem dirigentes. Salientou ainda que este é um aspeto fundamental que assegura a continuidade da associação na Região, sendo acima de tudo, um sinal do quão viva está a Região. Desde regressos ao escutismo, a novas etapas de vida, a continuidades desejadas e a inesperados desafios, os candidatos mostraram-se alegres e bastante satisfeitos com aquilo que a formação proporcionou. O Samuel do Agr 1123-Benfica do Ribatejo, no movimento desde os 6 anos, fez todo o percurso escutista, de lobito a caminheiro, sem interrupções e é agora noviço a dirigente. Para ele, esta, “é mais uma etapa a superar”, tendo oportunidade desta forma de “dar um bocadinho mais aos pequeninos” , assim como lhe deram e ensinaram tanto a ele. Já o Filipe, do Agr. 52-Santarém, foi escuteiro durante cerca de 14 anos, onde passou pelas 4 secções, tendo saído do movimento após ter realizado a Partida. Passados 3 anos regressa ao ativo, agora como aspirante a dirigente, acima de tudo porque acredita “poder ter um impacto positivo nos jovens da atual sociedade”, estando por isso “pronto a encarar este desafio!”. Já a Sara, do Agr. 65- Torres Novas, tem 24 anos e é aspirante a dirigente, não tendo qualquer percurso escutista ou proximidade prévia com o escutismo. Entrou no movimento este ano, influenciada por amigos, e refere que gostou muito do EI, onde adquiriu vários conhecimentos básicos, mas que desconhecia. Neste mesmo dia, realizou-se também o encontro de chefes de agrupamento e tutores locais, onde foi apresentado o sistema atual de formação, mais dirigido aos novos chefes de agrupamento ou aos que são tutores locais pela primeira vez. Foram ainda partilhadas as novidades relacionadas com a especificidade da gestão da formação através da plataforma Cordilheira. No final houve espaço para tirar dúvidas e partilhar experiências. Este momento foi por isso de especial importância para que haja um bom acompanhamento dos formandos durante o seu percurso inicial de formação. Este foi, então, um dia de formação repleto de novas aprendizagens e partilhas, que constituiu o primeiro passo daqueles que iniciam o seu percurso de formação rumo a uma promessa enquanto dirigentes do CNE. Texto: Margarida Martins, Equipa Regional de Comunicação
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