Decorrida uma década sobre o último ACAREG, a Região de Santarém volta a juntar escuteiros de todas as idades para mais uma grande atividade de partilha, vivência e fortalecimento de espírito escutista. O décimo ACAREG de Santarém iniciou-se com o Rover, com os caminheiros divididos em 3 Rotas, que se realizaram em Salvaterra de Magos, Rio Maior e Torres Novas. A atividade continuou com todos os escuteiros, de 15 a 20 de agosto, tendo como base a Herdade dos Gagos, em Fazendas de Almeirim. Participaram neste acampamento mais de um milhar de escuteiros, de 26 agrupamentos dos 29 da Região e, ainda, um agrupamento da Região do Porto. Durante este tempo, os escuteiros viveram o imaginário da vida numa aldeia zulu e o tema que congregou todos os participantes numa mesma vivência foi “UBUNTU: Eu sou porque tu és”, o mesmo mote que serviu de base à vivência da Região de Santarém nos últimos três anos. Diana Cardoso, Chefe Regional de Santarém, garante: “Creio que se criou o ambiente propício para uma vivência rica em dinamismo, partilha e aprendizagens, foram muitos os desafios, mas sempre vividos com alegria e entusiasmo e com grande superação para todos”. Em campo, foi instalado um “Campo Aventura” que fez as delícias de miúdos e graúdos e por onde todos os escuteiros passaram. Os lobitos, acompanhados do Cotique, a foca branca, viveram aventuras onde puderam montar a cavalo, assim como cuidar deles. Tiveram muitas brincadeiras divertidas e jogos com água para se refrescarem. Os exploradores andaram em busca do leão, onde tiveram que contar com os seus conhecimentos de orientação, criatividade e espírito de patrulha. Houve também jogos de água e muita festa. Os pioneiros tentaram ajudar Goreti, pelo passado, presente e futuro. Precisaram de toda a sua inteligência e espírito de equipa, mas também houve tempo para diversão. Os caminheiros começaram este caminho há muito tempo com a caminhada individual, depois a caminhada em clã, caminhada em Rota e finalmente a caminhada em Região. Ao longo deste caminho muitas maravilhas foram vividas e contempladas, até à construção da Aldeia das Maravilhas, no campo do ACAREG. Foram momentos de serviço, conexão, partilhas e grande emoção. O décimo ACAREG da Região de Santarém terminou em festa. De um modo geral, a organização está satisfeita com a forma como o acampamento decorreu, havendo sempre espaço para aprendizagens e melhorias. Texto e Imagens: Junta Regional de Santarém
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Subordinada ao tema “A descoberta do caminho marítimo para a Índia”, realizou-se entre os dias 31 de agosto e 3 de setembro a atividade escutista “Down River”: organização conjunta dos agrupamentos 44 de Tomar e 542 do Entroncamento, do Corpo Nacional de Escutas. A praia fluvial de Vila Nova, na freguesia da Serra de Tomar, foi o local escolhido para acolher a 19ª edição deste evento de “jangadismo” escutista, onde os participantes, oriundos de todo o país, colocaram à prova a suas habilidades manuais, a sua destreza física e a suas técnicas de navegação através da construção de jangadas e da navegação de troços da albufeira da barragem do Castelo do Bode. Foram construídas 19 jangadas, a menor com uma tripulação de 5 elementos e a maior, com 16 “marujos”. Estiveram presentes 234 escuteiros oriundos de 22 agrupamentos. Para além dos participantes dos agrupamentos organizadores, o evento acolheu escuteiros dos agrupamentos 65 de Torres Novas, 68 de Salvaterra de Magos, 941 de Asseiceira, 593 de Riachos, 52 de Santarém, 1111 de Várzea, 1120 do Cartaxo, 1073 da Gançaria, 403 de Rio Maior, 1135 de Sobreda, 365 de Corvite, 1177 de Famões, 1260 da Bela Vista, 1052 de Quarteira, 722 de Santiago do Cacém, 127 da Sé de Leiria, 1198 de Santo Agostinho, 1200 de Quelfes, 235 da Figueira da Foz e 869 de S. Martinho do Porto. Com a prestimosa colaboração da União de Freguesias de Serra e Junceira foi possível transformar a zona ribeirinha de Vila Nova no estaleiro naval do Restelo, local que em 1497 testemunhou a partida da armada de Vasco da Gama para a épica viagem de descoberta do caminho marítimo para a Índia em demanda das terras de Preste João e das especiarias. Os escuteiros que acederam ao convite da organização para participar nesta aventura vivenciaram quatro intensos dias que ficaram, indelevelmente, marcados pelas condições atmosféricas que alternaram entre o sol e calor, o vento e a chuva intensa, misturada com uma forte queda de granizo. O primeiro dia do evento foi dedicado à receção dos escuteiros, à preparação dos materiais que cada tripulação trouxe para a construção das suas jangadas e ao convívio entre as “tripulações”. Ao nascer do Sol do segundo dia, deu-se início à construção das jangadas. A azáfama no estaleiro foi enorme, com cada tripulação a dar o seu melhor. Assim que finalizadas as jangadas, afinaram-se as técnicas de remada e a disposição da palamenta. Nessa mesma noite houve lugar para a primeira das quatro provas competitivas deste evento: a Regata Noturna, em contrarrelógio. O vento forte e a chuva que caiu no terceiro dia do evento não foram suficientes para abalar os bravos marinheiros de El Rei D. Manuel I, que já estavam preparados para a longa e dura viagem que se realizou no sábado. A rota proposta consistiu num percurso de 12 km, simulando a viagem original de Vasco da Gama – que durou quase dois anos – com algumas paragens em determinados pontos nas margens, que foram identificados como Cabo Verde, Costa de Natal, Mombaça, Açores e Calecute. Em cada uma das paragens, as tripulações foram submetidas a provas de destreza ou artísticas, inspirando-se estas provas nas experiências que Vasco da Gama vivenciou à época em cada um dos locais referidos. O domingo e último dia da atividade amanheceu sem chuva, o que permitiu realizar, logo cedo, a última e mais espetacular das provas: a Regata Final, definindo assim as jangadas mais rápidas a navegar e tripulações mais exímias a manobrar. Antes da partida, houve tempo para um almoço retemperador, servido debaixo de chuva, que só deu folga no momento da entrega de lembranças e prémios às tripulações que se destacaram nas diversas provas. Assim, na Regata Noturna classificou-se em 1.º lugar a tripulação dos “Nautifrágios”(agr. 542), em 2º lugar os “Templários”(agr. 44) e em 3º lugar a jangada “Ninfas do Tejo” (agr. 1120). Na Grande Travessia, os “Templários” levaram a melhor, ficando em 2º lugar a “Nau Condestável”(agr.65) e na 3º posição ficaram os “Conquistadores” (agr.365). A Regata Final foi ganha pelos “Nautifrágios”, em 2º lugar ficaram os “Templários” e em 3º lugar a “Nau Condestável”. Quanto à prova de Melhor Jangada, o prémio maior foi para os “Templários”, seguindo-se os “Nautifrágios” e em 3º lugar os “Camionistas de Água Doce” (agr.542). A despedida fez-se numa curta cerimónia, em que os chefes dos agrupamentos anfitriões agradeceram a presença e a alegria com que todos encararam as adversidades desta aventura. Em todas as mensagens ficou patente a vontade de repetir a experiência e, nesse sentido, foi lançado o desafio para que em 2024, de 30 de agosto a 2 de setembro, a albufeira do Castelo do Bode possa acolher a 20ª edição do Down River. Pinguim Rezingão Texto e Imagem: Equipa Organizadora do Down River 2023
Foi nos dias 10, 11 e 12 de março que decorreu o Encontro Local de Cenáculo da Região de Santarém, no Centro Escolar dos Charcos, em Almeirim. Esta atividade, que teve como imaginário o filme Divertida Mente, marcou o 19.º Ciclo de Cenáculo na nossa região e contou com 95 caminheiros, incluindo a Equipa Projeto (EP). A atividade iniciou na sexta feira com algumas dinâmicas de quebra-gelos e pequenos jogos. A abertura da atividade começou com a indispensável apresentação da EP, tendo posteriormente sido aceso o Círio do Cenáculo, momento que abre oficialmente a atividade. Sábado iniciou-se, alegremente, com uma sessão de yoga do riso. Os participantes ficaram contentes e motivados para o resto do dia! Depois do pequeno almoço, os plenários começaram e envolviam os seguintes temas: responsabilidades e oportunidades que os Caminheiros têm no CNE e na sociedade, saúde mental, tomada de decisões, ambiente e vivência em clã e da fé. Findados todos os plenários, cada tribo tinha, então, de debater em conjunto os temas que tinham sido apresentados, com o intuito de elaborar propostas, opiniões e objetivos que, posteriormente, integrariam a Carta de Cenáculo. No final do dia, já depois do jantar, os caminheiros assistiram a um animado fogo conselho e, por fim, a uma ceia regional vivaz! No domingo, os caminheiros votaram e assinaram a Carta de Cenáculo, tendo sido aprovada por unanimidade e com aclamação em plenário e ainda elegeram os representantes do próximo Ciclo do Cenáculo Regional. Por fim, puderam animar a Eucaristia de Almeirim. Finda a atividade, fica sem dúvida um sentimento de dever cumprido com a elaboração da Carta. Contudo, ainda há que fazer: sendo a Carta de Cenáculo um conjunto de propostas que os caminheiros se comprometem a cumprir, falta agora partir à ação. Texto: Equipa de Comunicação do XIX.º Ciclo de Cenáculo Regional
Nos dias 24, 25 e 26 de fevereiro de 2023, os pioneiros da nossa Região reuniram-se uma vez mais para o Encontro Regional de Pioneiros (ERP), desta vez em Alcobertas e Chãos, com o imaginário “O Mistério de Goreti de Avis”, totalmente inventado pelo Abrigo Regional. A atividade começou na sexta-feira, com acantonamento no Pavilhão Susana Feitor, em Alcobertas. No sábado, “os investigadores (pioneiros) partiram à procura de Goreti desaparecida!”, adiantou-nos o Abrigo. “Esta foi deixando mensagens pelas terras de Alcobertas e Chãos e a população (dirigentes) foi muito importante para lhes dar algumas pistas.” Assim foi o raid, animado e repleto de desafios, onde cada equipa escolhia o caminho que queria trilhar e os postos que queria fazer. Disse-nos o pioneiro José Cordeiro, do agrupamento 1120 Cartaxo: “Foi um dia desafiante, mas enriquecedor e de diversão, sempre com paisagens lindíssimas como pano de fundo.” Chegados a campo, os pioneiros tinham a tarefa de ultimar os preparativos do fogo conselho e do jantar. Após o jantar, foi realizado um encontro de investigadores, no qual partilharam o seu dia. “Como era de prever, com 400 escuteiros numa mesma diversão, existiu tempo para vários momentos espontâneos, fossem eles de dança, paródia ou de encher a alma como o do elevar uma canção escutista que começa com meia dúzia de pessoas e cresce para encher a sala inteira.” (José Cordeiro, agrupamento 1120 Cartaxo). “Foi um momento muito mágico, que nos mostrou do que é feito o escutismo: esta união entre todos, mesmo que ainda não tenhamos, ainda, partilhado um olá.”, disse-nos a pioneira Jade Moita, do agrupamento 1139 Golegã. No domingo de manhã, os pequenos investigadores puderam confrontar-se uns aos outros, através de múltiplos jogos tradicionais. “Foi uma manhã repleta de risos, festa e alegria, como os pioneiros nos habituaram.” (José Cordeiro, agrupamento 1120 Cartaxo). A atividade colmatou com uma introspecção de tudo na Eucaristia e a entrega de prémios. No geral, “[a atividade] foi desafiante, tanto para a equipa que organizou, como para os pioneiros, que mostraram terem gostado da possibilidade de realizar rappel, em parede natural, de os postos do raid serem dinâmicos e não existirem filas, de terem a liberdade de escolha do percurso a realizar no raid e da dinâmica de domingo poderem jogar contra várias equipas." comunicou-nos Isabel Vitorino, elemento da Equipa do Abrigo Regional. Foi notório o empenho dos dirigentes na preparação deste extraordinário acampamento. “[Para mim] toda a envolvência do imaginário tornou esta atividade ainda mais marcante.”, afirmou o pioneiro Tomás Arroteia do agrupamento 1073 Gançaria, acrescentando: “Os pontos altos foram conhecer e entrar em contacto com os guias e as comunidades do meu subcampo, o fogo conselho divertidíssimo e o encerramento breve, mas emocionante.” “A equipa do Abrigo regional pensa ter atingido os objetivos delineados, nomeadamente proporcionar algo diferente desde a estrutura do raid, ao imaginário construído de raiz, à liberdade de escolha aos pioneiros, permitindo a interação entre equipas e ainda, integrando os chefes no imaginário.”, disse-nos Isabel Vitorino, deixando ainda uma mensagem de agradecimento a todos os dirigentes e pioneiros da região, por agarrarem, com tanto entusiasmo e espírito de aventura, os desafios que lhes são propostos pela Equipa do Abrigo Regional. “Todos os ERP’s têm a sua magia, mas esse terá, certamente, um lugar especial nas nossas memórias, fosse pela beleza do sítio, pelo convívio fraterno ou pelas amizades que fizemos ou reforçámos.”, finalizou o pioneiro José Cordeiro. Texto: Margarida Martins, Equipa Regional de Comunicação
A atividade começou na sexta-feira, 27 de janeiro, no Salão Paroquial de Martinchel, onde foi feita a apresentação da história de vida de S. Paulo, que foi sendo acompanhada de uma ilustração feita ao vivo. S. Paulo foi talvez o mais importante difusor da palavra de Jesus, tendo feito várias viagens evangelizadoras, visitando boa parte do Império Romano, que se estendia da Grã-Bretanha ao Médio Oriente, passando pelo norte de África. Nesse contexto, à semelhança do apóstolo Paulo, os caminheiros foram desafiados a fazer uma pequena viagem missionária. Tinham, a partir das 00h de sábado, 17 horas para chegar a “Roma” (na realidade, Tomar), o local iriam pernoitar no dia seguinte. As tribos previamente formadas podiam escolher o trajeto que quisessem, sendo que já existiam locais definidos onde podiam dormir nessa noite. Mas a viagem que os esperava, não era um simples caminho: a viagem estava repleta de desafios! No sábado foi um dia em cheio. Havia tribos que tinham passado a barragem de Castelo de Bode durante a noite, outras mais aventureiras que atravessaram a albufeira de barco, na manhã de sábado. Mas independentemente do percurso, "todos os caminhos iam dar a Roma”. Os caminheiros também tiveram de fazer serviço ao longo do dia de sábado. Algumas tribos decidiram animar as aldeias por onde passavam, cantando músicas escutistas e alegres serenatas, outras propondo-se a ajudar e danto dois dedos de conversa; foi o que bastou para deixar a comunidade com um grande sorriso no rosto. A Radija Schwingel do agrupamento 65 Torres Novas partilhou connosco que a interação que a tribo dela teve com a comunidade foi 《super especial e espontânea!》. Foram várias as dinâmicas que o Albergue Regional foi propondo ao longo do dia, mas a que tocou mais os caminheiros foi a simulação de algumas deficiências motoras. Explicou-nos o José Barreira do Agrupamento 404 Almeirim: 《O nosso último desafio foi a simulação de deficiências motoras. Este desafio tocou-me bastante: não estava nada à espera de ter de percorrer vários quilómetros assim, uns cegos, outros mudos. Isso revelou-se bastante difícil e foi outra dimensão que nos levou a compreender essas pessoas e, mais importante, trouxe união à tribo.》 Chegados a “Roma” (à Escola Secundária de Santa Maria do Olival), os caminheiros tiveram uma rica experiência gastronómica: cada tribo tinha de elaborar um prato típico de um local que S. Paulo tivesse passado durante a sua vida. Depois do jantar, dirigiram-se para a Biblioteca Municipal de Tomar, onde tiveram de desvendar um enigma que era a chave para a dinâmica de partilha, sobre medos e inquietações comuns, que se desenrolou de seguida. No domingo, para findar a atividade, foi dia de serem transformadores sociais. Depois da eucaristia, as tribos tiveram de identificar um problema da sua comunidade e arranjar a melhor solução: a mais clara, objetiva, sucinta e exequível. Este momento foi de grande importância e valorização do papel de cada na sua comunidade. Numa palavra, os caminheiros definem esta atividade como desafiante. 《Em todos os aspetos - , disse o António Graça do agrupamento 65 Torres Novas. - Foi principalmente desafiante, mas em muitas áreas inovador, porque deu para compreender um pouco melhor as minhas capacidades, mas também a lidar com as características das outras pessoas. No fundo, disto retiro uma experiência enriquecedora, uma atividade marcante, de crescimento individual e em grupo.》 Texto: Margarida Martins, Equipa Regional de Comunicação
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